Mesmo com pandemia, vendas de apartamentos novos crescem !!!

25 de julho de 2020 Nenhum comentário

Mesmo com pandemia, vendas de apartamentos novos crescem !!!


Posted by localizar in Sem categoria

Taxas de juros mais baixas e melhores condições de financiamento contribuem para o cenário.

Mesmo com a pandemia do coronavírus, o mercado imobiliário segue aquecido em Belo Horizonte e na região metropolitana: as vendas de apartamentos novos cresceram 14% na capital e em Nova Lima entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com a pesquisa mais recente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), divulgada na última semana. A adaptação das empresas e dos clientes às ferramentas digitais, taxas de juros mais baixas e melhores condições de financiamento contribuem para o cenário, que se repete em toda a região.
Embora as vendas gerais tenham caído 27,1% em abril em relação a março, as vendas de apartamentos de algumas faixas de preço subiram no quarto mês do ano. Foram comercializados 109 imóveis com padrão standard (de R$ 215 mil a R$ 400 mil), 19,7% a mais do que em março, e 39 unidades de padrão médio (de R$ 400 mil até R$ 700 mil), o que representa um aumento de 5,4% na mesma comparação.
“A comparação com o mês anterior mostra um recuo evidente em função do momento que estamos vivendo, mas, apesar de o setor imobiliário ter sido atingido como todos os outros, o impacto está sendo muito menor do que imaginávamos. Isso demonstra a rápida adaptação das empresas ao digital. Hoje, as vendas estão sendo feitas de forma totalmente remota, desde a abordagem do cliente até a assinatura dos contratos. O cliente também se adaptou muito rapidamente a essa nova realidade”, afirma o vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Renato Michel.
Segundo ele, as vendas de imóveis mais caros caíram no período, porque, geralmente, eles são comprados por pessoas que já possuem casa própria e, por isso, não têm urgência — preferem aguardar este momento de incertezas passar.
No caso dos apartamentos de padrão standard e médio, a redução dos juros foi importante para o crescimento dos negócios. Na última semana, a taxa Selic caiu para 2,25%, o menor patamar da série histórica. “O mercado imobiliário depende de financiamento para os consumidores, raramente as pessoas têm o valor total do investimento. Com a queda da taxa de juros, o consumidor está conseguindo condições nunca vistas antes. Mesmo com a alta no preço dos imóveis, a prestação que o adquirente paga fica menor do que o valor do aluguel”, diz Renato.
Ele ressalta também medidas facilitadoras que as instituições financeiras têm adotado durante a pandemia. A Caixa, por exemplo, concedeu prazo de carência de 180 dias para contratos de financiamento de imóveis novos.
Entre janeiro e abril, o número de lançamentos mais do que dobrou em Belo Horizonte e Nova Lima em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 1.054. Mas, especificamente em abril, eles caíram: foram 126, ante 484 em março, uma queda de 74%. Com isso, a oferta de unidades disponíveis para comercialização diminuiu, e o preço avançou: o valor médio por metro quadrado dos apartamentos novos ficou 1,3% mais caro no mês.
“Muitas empresas estavam com imóvel preparado para lançamento e, na dúvida, preferiram aguardar os acontecimentos. Mas, assim que tivermos sinalização da retomada da economia, os lançamentos voltam com força para atender a demanda que existe. Belo Horizonte tem hoje, aproximadamente, 3.500 imóveis em estoque na cidade, entre os que estão na planta, em construção e prontos, enquanto devemos ter mais ou menos 15 mil casamentos por ano. Cidades do mesmo porte, como Curitiba, Porto Alegre e Salvador, têm estoques muito maiores”, afirma Renato.
Segundo ele, o novo Plano Diretor da capital, que entrou em vigor neste ano, traz “restrições para a construção”, o que poderia elevar ainda mais os custos. “Eu acredito que a trajetória do preço é ascendente, ele vai continuar corrigido acima da inflação. Por isso, este é o melhor momento para adquirir um imóvel novo”, pontua.
A estudante Bárbara Carvalho, 24, ficou noiva no final do ano passado e tinha planos de comprar um apartamento em 2020 ou, no mais tardar, em 2021. Em meio à pandemia, o casal conseguiu encontrar um imóvel que atendia as expectativas e por um preço R$ 10 mil menor do que o anunciado inicialmente. “Quando começou a pandemia, começamos a procurar lugares vazios. Encontramos um apartamento e compramos, o preço estava muito bom, comparado aos valores de outros apartamentos do mesmo condomínio, e é um imóvel em ótimas condições”, conta.
Entre as empresas. As construtoras estão apostando nas ferramentas digitais para manter as operações neste período de pandemia. No primeiro trimestre deste ano, a MRV registrou o maior volume de vendas líquidas da história: foram 10.493 unidades, totalizando R$ 1,67 bilhão, um acréscimo de 27,9% em comparação com o mesmo período de 2019.
“Entre as ações e medidas realizadas, estão a preparação de todos os nossos canais digitais, para atender com eficiência o consumidor, e a expansão da atuação da nossa plataforma de vendas digital, que possibilita que o cliente realize a jornada de compra de um apartamento remotamente. Ele pode escolher o condomínio e a unidade que deseja, enviar a documentação, realizar a simulação e a aprovação de crédito, negociar a proposta de compra e assinar o contrato digitalmente”, diz o diretor comercial da companhia, Yuri Chain. A empresa está concedendo descontos em algumas unidades e, em junho, vai lançar empreendimentos em vários Estados do país.
Seguindo a tendência do mercado, o Grupo Patrimar manteve as vendas de apartamentos standard e médio, mas, para os demais públicos, houve queda. “Em janeiro e fevereiro, as vendas estavam em níveis até um pouco acima de 2019, março já foi impactado pelo coronavírus e abril, ainda mais”, afirma o diretor comercial e de marketing da empresa, Lucas Couto. Segundo ele, os preços estão cerca de 5% acima dos praticados no ano passado. “Estamos investindo muito no online, chamando o cliente para o nosso site, promovendo eventos virtuais e lives”, completa.
Na EPO, as vendas de apartamentos residenciais maiores aumentaram no período de pandemia. “As pessoas, ficando mais dentro de casa, começam a ver que querem algo mais, seja no tamanho ou na localização. A queda da taxa de juros também foi preponderante para isso”, pontua o diretor de vendas da companhia, Marcelo Carvalho. De acordo com ele, a EPO tem lançamentos residenciais previstos para este ano em Belo Horizonte e região metropolitana, com preços estáveis em relação ao ano passado.
Digitalização é tendência pós-pandemia
A necessidade de distanciamento social para a prevenção do avanço do coronavírus acelerou o processo de transformação digital do mercado imobiliário, na avaliação da presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Cássia Ximenes. Segundo ela, algumas facilidades implementadas nesse período, como as visitas virtuais aos imóveis e as assinaturas eletrônicas de contratos, vieram para ficar.
“A primeira etapa para o conhecimento do imóvel passa a ser virtual. A ficha de visita é feita com assinatura eletrônica, assim como a autorização de venda e os contratos de compra e venda. A gente procura manter o atendimento personalizado ao cliente, identificando o que ele quer e auxiliando em todos os processos, fazendo a consultoria imobiliária para que a compra e venda aconteçam em um ambiente de segurança, tanto em relação à saúde, quanto jurídica”, afirma Cássia.
De acordo com ela, a expectativa é que, com a baixa taxa de juros e as condições de financiamento, o mercado imobiliário continue a ter bons resultados. “O valor pago mensalmente, muitas vezes, é inferior ou equiparado ao do aluguel. Isso possibilita um movimento positivo para que as pessoas possam pensar em adquirir um imóvel ou encontrar um mais adequado às próprias necessidades. O conceito de moradia mudou, e o movimento do mercado se renovou”, pontua.
Opção de investimento
Com as taxas de juros mais baixas, o investimento no mercado imobiliário se torna uma boa opção, segundo o vice-presidente da área imobiliária do Sinduscon-MG, Renato Michel.
“Esse perfil de cliente investidor, que compra para locação, estava um pouco sumido do mercado, porque estávamos com uma taxa Selic muito alta, e a pessoa preferia deixar no banco. Mas, quando a taxa de juros cai, os investimentos voltam para o mercado imobiliário. Quando você compra um apartamento e aluga, além da rentabilidade do aluguel, que fica muito boa se comparada com a renda fixa, há a própria valorização do imóvel”, explica.

Fonte : https://www.otempo.com.br/economia/mesmo-com-pandemia-vendas-de-apartamentos-novos-crescem-em-bh-1.2352149


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